17.8.06

Cabo integrava Força Nacional

O cabo Eron Cardoso Miranda, de 34 anos, integrava a Força Nacional de Segurança Pública, tropa de elite que reúne policiais de todo o País, acionada somente em situações de emergência.

Era considerado pelos amigos e superiores um bom policial, cumpridor de seus deveres, que gostava de operações de risco. Por conta desse currículo, ele já estava pré-convocado para trabalhar no esquema de segurança dos jogos Pan-Americanos 2007, que serão realizados no Rio de Janeiro.

A revelação é do subtenente Rayol, da Companhia de Operações Especiais (COE), que, ontem à tarde, compareceu ao velório do colega de farda, a quem conhecia há muitos anos. O velório foi realizado em uma Igreja Adventista do 7ª Dia, no bairro da Marambaia. “Ele era um bom policial. Pontual, disciplinado, cumpridor de suas missões e não trazia problemas ao comando”, disse o oficial. “Era dedicado ao serviço e à sua família”, completou.

O subtenente Rayol ressaltou que o cabo Eron foi morto ao participar de uma operação de alto risco, que era tentar evitar que bandidos perigosos resgatassem presos da cadeia. As primeiras informações indicam que ele levou um tiro disparado de uma metralhadora INA, de 9 milímetros, de alto poder de fogo.

Eron tinha quase 14 anos como policial militar, a maior parte deles lotado na COE, na qual estava praticamente desde o início dessa unidade da PM, segundo o subtenente Rayol. Ele era casado e pai de um adolescente de 13 anos. Eron completaria 35 anos de vida no próximo dia 6 de setembro. Ontem à tarde, a reportagem também entrevistou um cunhado do cabo Eron, que pediu para não ser identificado. “Ele gostava de missões de alto risco e tinha prazer em servir à corporação”, disse o cunhado.

* Matéria publicada no Amazonia Jornal de 17/08/2006.