30.10.06

Reféns de bandidos flagrados durante assalto contam a mesma versão


O delegado Bragmar Santos, que preside o inquérito que investiga o assalto com reféns ocorrido em uma clínica no bairro do Umarizal, na quarta-feira, continua ouvindo as vítimas, na Divisão de Repressão ao Crime Organizado (na DRCO). Até a manhã de ontem, 12 pessoas já haviam sido ouvidas pelo policial.

De acordo com o delegado, as versões são basicamente iguais. 'Todas (as vítimas) dizem que foram rendidas pelos bandidos na recepção da clínica, quando aguardavam para ser atendidas', disse Bragmar. A julgar pelos depoimentos prestados até o momento, os investigadores acreditam que não deve haver muitas novidades no caso. Isso significa que o inquérito deverá ser concluído em dez dias, sendo, então, remetido à Justiça.

Os cinco bandidos que invadiram a clínica se renderam depois de uma negociação conduzida pela Polícia. Os reféns ficaram quase três horas em poder dos assaltantes. Com eles, os policiais apreenderam cinco revólveres. Eram quatro armas de calibre 38 e uma de calibre 32. Todos foram autuados por tentativa de roubo, cárcere privado e formação de quadrilha.

A ação criminosa aconteceu por volta das 15h30 na Clinicenter, na avenida Alcindo Cacela, próximo à rua Domingos Marreiros. Cinco assaltantes fizeram mais de 20 reféns. Eles tentavam assaltar o estabelecimento, quando foram surpreendidos por policiais. E, cercados, só lhe restaram negociar para, na verdade, garantir sua própria integridade física.

Segundo o coronel Joaquim Souza, titular do Comando de Policiamento da Capital da Polícia Militar, com a ocorrência desta quarta-feira, foram registrados, de janeiro deste ano até aquele dia, 31 assaltos com reféns em Belém. Em entrevista a O LIBERAL, ele afirmou que, em todas essas ocasiões, os policiais prenderam os assaltantes, apreenderam suas armas de fogo e as vítimas saíram ilesas.

De acordo com o comandante do CPC, prevaleceu o fator surpresa.

O coronel Joaquim Souza explicou que os policiais militares, em seu trabalho preventivo-ostensivo, estão posicionados em pontos estratégicos da cidade, são definidos a partir das ocorrências registradas nesses locais.

O oficial da PM acrescentou que esse mapeamento é que permite aos policiais atuar de forma imediata em casos de assaltos com reféns, deslocando-se imediatamente para o locais dessas ocorrências e, até agora, conseguindo êxito nesse trabalho. Da DRCO, os assaltantes estão sendo transferidos para casas penais de Belém, onde permanecerão presos à disposição da Justiça.

*Matéria extraída do jornal O Liberal do dia 28 de outubro de 2006.

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