10.3.07

FESTA “RAVE” TERMINA EM PANCADARIA E PRISÕES NO BAIRRO DE CANUDOS

Uma rave terminou em pancadaria generalizada no bairro de Canudos, ontem à tarde. A festa tinha como participantes centenas de adolescentes. Em grande número, os policiais militares tiveram muito trabalho para acabar com a confusão. Dezenas de jovens foram detidos e encaminhados inicialmente à Seccional de São Brás. Pelo menos contra 15 deles foram feitos Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) sob a acusação de desordem, danos ao patrimônio e a ordem pública. Até o fechamento desta edição a polícia ainda trabalhava na identificação dos responsáveis pela venda de bebidas alcoólicas aos adolescentes. De acordo com a delegada Márcia Contente, da Seccional de São Brás, se localizados, os responsáveis poderiam ser autuados em flagrante conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Uma estudante deixou o local em uma maca. Moradores relataram que, durante a briga entre os jovens, houve até disparo de arma de fogo na rua. O imóvel onde ocorreu a festa fica na travessa Teófilo Conduru, entre as ruas Américo Santa Rosa e Nina Ribeiro.
À tarde, muitos jovens já estavam naquele local, uma espécie de galpão, onde, segundo os moradores, ocorrem festas às sextas, sábados e domingos. Em determinado momento, começou uma briga dentro do local. Garrafas foram quebradas. Cadeiras e mesas também foram usadas pelos brigões. As informações indicam que garrafas foram arremessadas para a rua. E, da rua, também eram jogadas para dentro do local.
Pelo menos oito viaturas da Polícia Militar foram designadas para aquele endereço. Eram militares da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e da 11ª Zona de Policiamento, cuja base é na Seccional do Guamá. O major Tomaso, comandante da 11ª Zpol, disse que foi acionado pelo Centro Integrado de Operações (Ciop) para dar apoio a seus colegas de farda que estavam naquela operação. Ressalvando que ainda estava levantando maiores informações, o major disse que boa parte dos estudantes que estava ali seria do Colégio Estadual Augusto Meira.
Há indicativos de que também havia estudantes de colégios rivais, o que pode ter motivado a confusão. No local, havia muitos cacos de vidro no chão. Os policiais apreenderam, ainda, garrafas de bebida alcoólica. O major Tomaso acredita que havia entre 150 a 200 jovens participando da festa. Pelo microfone, o capitão PM Simonetti, do Comando de Policiamento Metropolitano, dava a orientação para os jovens, querendo saber, por exemplo, quem era adulto e quem estava ferido. Do lado de fora, muitos jovens queriam saber a situação dos que estavam dentro do imóvel. Muitos rapazes e moças apresentavam visíveis sinais de haver ingerido bebida alcoólica.
A todo momento chegavam pessoas perguntando por determinados adolescentes, querendo saber se eles estavam na festa. Muitas pessoas imaginavam que, naquele momento, os adolescentes estavam em seus respectivos colégios. Por volta das 18h15, chegou ao local uma viatura de resgate do Corpo de Bombeiros. Uma moça saiu em uma maca, mas não havia informações sobre o que havia acontecido com ela. Logo depois, seis jovens foram colocados em uma viatura da Rotam com destino à Seccional de São Brás, cujos investigadores também compareceram ao local da confusão. Moradores reclamaram das festas realizadas naquele local, sobretudo aos finais de semana.
Fonte: Portal ORM